Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Tomar - Cidade Templária

08.04.09

 

 
 
Olá! Antes de mais peço desculpas pela falta de actualização deste blog, tal facto deve-se à vida académica que exige bastante do nosso tempo disponível, assim como as viagens efectuadas neste período. Agora que apareceram uns dias de supostas férias de Páscoa, irei retomar este cantinho, começando então por escrever um pouco sobre uma das minhas mais das viagens.
Vamos então viajar um pouco até à cidade dos Templários, isso mesmo vamos até Tomar. Ora esta bela cidade banhada pelo rio Nabão, situa-se na região centro do país, mais propriamente no distrito de Santarém, é sede de concelho homónimo com 16 freguesias, tem cerca de 351km2 e conta com aproximadamente 43 000 habitantes.
Segundo a história encontrada esta cidade foi conquistada ao Mouros por D. Afonso Henriques em 1147 sendo depois doada por este monarca aos Templários em 1159. D Gualdim Pais concedeu-lhe foral em 1162. Foi sede das Ordens do Templo e de Cristo e teve no Infante D. Henrique um dos responsáveis pelo seu crescimento. Em 1844 foi elevada à categoria de cidade.
Hoje em dia Tomar é conhecida pelos seus inúmeros monumentos da época dos templários (conventos, capelas e igrejas) assim como pelos seus jardins (Roda do Mouchão, Várzea Pequena, Mata Nacional dos Sete Montes), o rio Nabão. Destaca-se ainda a tradicional doçaria (os pequenos bolinhos “beija-me depressa” e as Fatias de Tomar) e a já bem conhecida Festa dos Tabuleiros que se realiza de 4 em 4 anos.
Não esquecer também de referir os estudantes de Tomar, afinal foi este o motivo da nossa viagem. Tomar possui um instituto politécnico, o qual é frequentado pelos estudantes que animam a cidade durante a semana. Viajamos então até a cidade templária para assistirmos ao Festival Internacional de Tunas da cidade de Tomar, mais propriamente ao VIII Templário. É bom ver o convívio académico nas ruas da cidade ao som de bonitas músicas, umas mais nostálgicas e outras de maior farra. Gostaríamos também de poder provar e dizer que a bebida, feita pelos templários apenas aquando da realização deste festival, ( denominada por queimada) era realmente excepcional, mas tal não foi possível, esperamos voltar num próximo festival e provar a famosa e misteriosa mistura.
Por fim, não poderíamos sair de Tomar sem antes visitar um dos conjuntos monumentos mais falados, o Convento da Ordem de Cristo e o Castelo Templário. Já agora informo que se paga entrada, se bem me lembro 5€ para adultos, 2€ para portadores de cartão jovem, e entrada gratuita para estudantes, que foi o nosso caso eheheh. Segundo o IPPAR  ( instituto portugues do patrimonio arquitectónico) “O Convento de Cristo encerra no seu conjunto arquitectónico testemunhos da arte do Românico, Templária, do Gótico e do Manuelino, ao tempo das Descobertas, do Renascimento Joanino, do Maneirismo, nas suas várias facetas e, por fim, do Barroco, presente em várias ornamentações arquitectónicas.”
O convento é realmente impressionante é até um pouco frio, penso que tal facto se deve à grande quantidade de pedra que lá existia… lool  Continuando, o convento é enorme e perdi a conta aos inúmeros claustros que visitamos. A famosa janela Manuelina é que me decepcionou um pouco, afinal é tão famosa e depois estava um pouco escondida e um pouco verde de mais, na minha opinião, mesmo assim não deixa de ser bastante interessante analisar a quantidade de símbolos que nela estão representados.
Devo ainda dizer que os jardins do convento são bem bonitos e verdes, num dia de céu azul e sol forma-se uma bonita moldura natural. Do cimo do monte onde está o convento podemos ainda apreciar uma magnifica vista sobre toda a cidade e o rio.
Para mais informações visitem os seguintes sites:
 

http://www.cm-tomar.pt/pt

http://www.ippar.pt/pls/dippar/pat_pesq_detalhe?code_pass=70237

http://tomar.com.sapo.pt/

Autoria e outros dados (tags, etc)

Lazer vs Recreio

22.02.09

 

 

Hoje vou falar um pouco nos conceitos de lazer e recreio. Ao longo dos tempos o lazer e recreio têm vindo a evoluir, podemos afirmar que o recreio é quase tão antigo como o Homem.

 

Já no tempo dos egípcios havia recreio através de cruzeiros, jogos e brinquedos para as crianças. Mais tarde foi a vez dos romanos criarem as corridas e os jogos de arenas como formas de recreio e lazer. No período medieval realizavam-se torneiros, procissões e havia ainda músicos e acrobatas e os enormes banquetes, para recreio das cortês.

 

Mas foi na era industrial que estes conceitos sofrerem maiores alterações com o aparecimento do relógio que começou então a regular os períodos de trabalho e de lazer. A luz eléctrica veio alterar o programa das actividades diárias, permitindo às pessoas ter recreio após o por do sol.

 

Mais uma vez estes dois conceitos (como muitos outros na área do turismo) não são exactamente o que o senso comum pensa que são. Vejamos então o que diz o dicionário da língua portuguesa sobre estes dois conceitos:

 

 

Lazer --> do Lat. Licere, s. m. ócio; vagar; passatempo; descanso.

 

Recreio --> s. m., divertimento; lugar recreativo, ameno; tempo concedido às crianças para brincarem; recreação.

 

 

No mundo académico do turismo, existem várias definições que abordam os conceitos de lazer e recreio. Autores como Cooper et al (2001) ou Mathieson e Wall (1982) e apresentam-nos várias definições sobre este mesmo tema.

 

No entanto de uma forma geral podemos afirmar que lazer corresponde ao tempo livre que resta a uma pessoa após a mesma satisfazer todas as suas necessidades básicas, de trabalho/estudo e obrigações. Este tempo pode ser activo ou passivo, ou seja a pessoa pode fazer algo (actividades de recreio) ou simplesmente estar sem fazer nada (inacção).

 

Enquanto que o conceito de recreio é activo, pois corresponde a todas as actividades praticadas por uma pessoa durante seu tempo de lazer.

 

Segundo um outro autor, Stebbins (1992) temos ainda o conceito de Lazer subdividido em dois outros conceitos; o Lazer Sério e o Lazer Casual. Ora o que será isto de lazer sério e casual?!Pois bem,  chamamos de lazer sério quando uma pessoa pratica actividades de lazer regularmente, com horário marcado e carácter sistemático, por exemplo ter aulas de dança, voluntariado, um hobbie, etc.

 

À realização de actividades como jogos, conversas sociais ou entretenimentos sem marcações, chamamos de lazer casual.

 

Aplicando estes conceitos ao turismo, podemos afirmar que nem todo o tempo de lazer é turismo, nem todo o turismo é lazer. Isto é fácil de perceber, por exemplo, uma pessoa durante o seu tempo de lazer pode ou não realizar actividades de turismo. Por outro lado se pensarmos, por exemplo, em turismo de negócios, uma pessoa que efectua uma viagem em trabalho, esse tempo não é considerado tempo de lazer.

Autoria e outros dados (tags, etc)

O Conceito de Turismo

26.01.09

 

 

Num dos post’s anteriores estivemos a debater o tema visitante vs turista, sobre o qual terminámos com uma reflexão sobre o conceito de turismo. Pois bem, vamos hoje debater então as reflexões adquiridas ao longo destes dias, ou então não…

O conceito de turismo é muito mais abrangente e complicado de definir do que o que nós imaginamos. Para nós pessoas normais, turismo não é mais do que ir viajar, visitar um local, conhecer coisas novas, sítios, pessoas ou simplesmente não fazer nenhum, estar de “papo pró ar” num dia de sol, (depois há também alguns indivíduos que vão para a universidade para fazer o suposto turismo, mas sobre isso falaremos num futuro post).

Para termos uma melhor noção do que pensam as pessoas normais (não ligadas profissionalmente a este sector) lembrei-me de perguntar a algumas pessoas o que pensam sobre este tema, para depois comparar com o que pensam os “Senhores” do lado científico da coisa.

 

Após um longo levantamento de dados, junto de uma vasta população (7) de pessoas comuns (potenciais turistas em série ehehe) recolhemos as seguintes respostas à importantíssima questão: “O que é para si turismo? O que pensa quando ouve essa palavra? Como o define?” Ok, afinal eram três importantíssimas perguntas, às quais obtivemos as seguintes respostas, que passamos a citar:

Inquirido 1 -  para mim é tipo ir conhecer localidades, monumentos, conhecer novas coisas”

Inquirido 2- “turismo: actividade socio-cultural para fins lúdicos, cultura, viagens, lazer, novas experiências”

Inquirido 3 – “turismo é tipo uma viagem que se faz para conhecer outros países, modos de vida, costumes, etc…”

Inquirido 4 – “turismo é um grupo de pessoas irem passear para fora do seu habitá natural! algo do género e penso em ingleses de máquina fotográfica na mão”

Inquirido 5 – “pontos de acesso a vários sítios históricos da região, gastronomia, praias e também uma forma de conhecer outras culturas e outros países e estar interligado com outros guias turísticos do mundo”

Inquirido 6 – “uma actividade económica que utiliza os vários recursos de um país ou região, para atrair visitantes a essa mesma região, com o fim de obter rendimento”

Inquirido 7 – “sei lá… quando falam em turismo penso logo em praia, mar, descanso, diversão, férias…”

 

            Antes de mais, quero agradecer a todas as pessoas que se disponibilizaram a responder às minhas dúvidas existenciais turísticas num Domingo à noite, o meu muito obrigada!

 

            Vamos então agora passar a uma análise "bastante aprofundada" deste estudo de final de Domingo. Cientificamente falando, o conceito turismo é muito abrangente e na realidade não existe um único e verdadeiro conceito, uma vez que podemos definir turismo através de duas ópticas, ou seja existem definições de turismo pelo lado da oferta e definições de turismo pelo lado da procura.

 

            Pelo lado da procura uma das definições mais conhecidas é a definição da OMT (organização mundial do turismo) que diz o seguinte: “ Turismo é o conjunto de actividades praticadas pelos indivíduos durante as suas viagens e permanência em locais situados fora do seu ambiente habitual, por um período contínuo que não ultrapasse um ano, por motivos de lazer, negócios e outros”. Existem ainda outras definições, tais como a definição de Peter Murphy, a definição de Neil Leiper, ou ainda a definição de Mahieson & Wall, que não colocarei aqui para não se tornar demasiado extenso. (no entanto se houver alguém interessado é só deixar um comentário a pedir)

 

            Pelo lado da oferta temos também várias definições, tais como a Conta satélite do turismo, a definição de PITER – Peneda Gerês, entre outras. Uma das várias definições é a definição apresentada por Stephen Smith que diz o seguinte: “turismo é composto por um agregado de actividades de negócios que, directa ou indirectamente, fornecem bens ou serviços que suportam as actividades de lazer e de negócio realizadas pelas pessoas fora dos seus locais de trabalho e residência habitual”. Basicamente esta definição divide o turismo em dois grupos: bens e serviços que deixariam de existir se não houvesse turismo e/ou bens e serviços fornecidos para a actividade do turismo e para as actividades não turísticas.

 

            Deste modo e de modo geral, as respostas dos nossos inquiridos não estão de todo erradas, nem muito longe da realidade, principalmente das definições de turismo pelo lado da procura. Devo também referir que fiquei surpreendida, pela positiva, com algumas das respostas obtidas, que se aproximaram bastante das definições de turismo pelo lado da oferta, o que não era de esperar :)

 

            E pronto terminamos assim as nossas filosóficas reflexões sobre o conceito de turismo, essa actividade deveras complexa. Num futuro post iremos continuar as nossas reflexões sobre esta temática, nomeadamente abordar os vários tipos de turismo, ah pois é… assim como existem várias definições de turismo, existem também vários tipos de turismo.

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

Alma de Viajante

14.01.09

O post de hoje é sobre a "Alma de viajante", quem é que não tem dentro de si, em algum lugar uma alma de viajante?!

 

De uma forma ou de outra, para mais longe ou mais perto, penso que todos nós temos uma alma de viajante que nos chama, volta e meia, a partir para outro lugar. Ora porque temos em nós um desejo repentino de aventura, ou porque temos uma curiosidade imensa de conhecer novos sítios, novas pessoas e culturas diferentes; ou simplesmente porque nos apetece fugir do stress do dia a dia e queremos ir para algum lugar calmo e relaxante, de forma a recarregarmos baterias para voltarmos e enfrentar a agitação e a loucura do quotidiano...

 

Para nos ajudar a preparar e conhecer melhor a nossa alma de viajante, trago-vos hoje um site com o mesmo nome, muito útil, com várias informações de bastante interesse para quem pretende preparar uma viagem, assim como várias histórias de viagens do autor e respectivas fotos das mesmas.

 

Como o próprio site refere "Alma de Viajante é um espaço informativo sobre viagens e turismo, alimentado diariamente com prazer e dedicação por profissionais da comunicação"

Aqui fica então este destaque, encontrem a vossa alma de viajante no seguinte site:

 

 http://www.almadeviajante.com

 

 

Para quem não sabe "Alma de Viajante"  é também o título de um livro de Filipe Morato Gomes, onde o autor faz o relato de 14 meses de viajens pelo mundo, inicialmente publicadas num travelogue e recentemente convertido em livro, com várias fotos dos locais por onde passou. Para quem gosta de viajar pelo mundo e não tem possibilidade de o fazer, encontra aqui uma boa forma de poder dar asas à imaginação e partir por esse mundo fora, sem grande custo adicional e sem sair do conforto do seu lar.

 

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)


Locale é um sítio de partilha de experiências, de viagens já realizadas, de locais a visitar, alguns conceitos académicos do sector do turismo e muito mais...